Foto: Fazenda de geração distribuída de energia solar

A geração distribuída de energia funciona de forma descentralizada, onde permite que a geração de energia elétrica seja no local ou nas proximidades. Ela se diferencia da geração centralizada, que normalmente são as concessionárias de energia, onde distribui energia pela rede de transmissão para um alto nível de pessoas. A geração distribuída é dividida em dois subgrupos. Neste artigo, exploraremos os subgrupos dessa geração distribuída e suas principais distinções.

Conceito:

A geração distribuída baseia-se na utilização de usinas de geração de energia elétrica renováveis de pequeno porte, como energia solar, eólica e hidrelétrica em pequena escala, entre outras tecnologias renováveis. Essa energia pode ser distribuída localmente ou próxima ao local de geração. No Brasil, em 2004, o artigo 14 definiu a geração distribuída como:

“considera-se geração distribuída a produção de energia elétrica proveniente de empreendimentos de agentes concessionários, permissionários ou autorizados, incluindo aqueles tratados pelo art. 8o da Lei no 9.074, de 1995, conectados diretamente no sistema elétrico de distribuição do comprador, exceto aquela proveniente de empreendimento:

1. I – hidrelétrico com capacidade instalada superior a 30 mW; e

2. II – termelétrico, inclusive de cogeração, com eficiência energética inferior a setenta e cinco por cento, conforme regulação da ANEEL, a ser estabelecida até dezembro de 2004. “

Em 2021, foi criada a Resolução normativa, nº482/12, onde estabelece novas condições para a geração distribuída, criando dois subgrupos: a Microgeração e a Minigeração de energia Elétrica, são condições que aliam a consciência socioambiental, a economia financeira e a sustentabilidade.

Foto: Demonstração de geração distribuída de energia elétrica

Microgeração de energia

A microgeração distribuída refere-se a sistemas de geração de energia elétrica, que utilize fontes de energias renováveis com capacidade de potência de geração menor ou até 75 kW.

 A capacidade instalada de microgeração varia de acordo com a legislação de cada país, no Brasil seguimos a regulamentação 482/12, onde a energia é consumida no próprio local de geração, e qualquer excesso é injetado na rede elétrica, que resulta em créditos de energia que podem ser utilizados posteriormente.

 Minigeração de energia

A minigeração refere-se a sistemas um pouco maiores do que a microgeração, mas ainda assim são relativamente pequenos. Com potência de geração maior que 75 kW e menor que 3 mW.

Esses sistemas são encontrados em fazendas solares ou eólicas de pequena escala, centrais pequenas de hidrelétrica ou instalações comerciais e industriais de médio porte. Assim como na microgeração, a energia gerada é consumida localmente e o excedente pode ser exportado para a rede elétrica, o que contribui para a estabilidade do sistema e reduzindo a necessidade de investimentos em infraestrutura de transmissão.

Foto: Demonstração de sistemas de mini e microgeração de energia.

Diferença entre Microgeração e Minigeração de energia

A principal diferença está na potência de geração de energia solar: enquanto na microgeração, a potência é de até 75 kW, na minigeração é de 75 kW a 3 mW. Isso resulta em diferentes demandas de consumidores: a microgeração atende principalmente residências e pequenos comércios, enquanto a minigeração atende a grandes empresas, fábricas e indústrias.

A importância da Microgeração e de Minigeração distribuída.

A importância é significativa em diversos aspectos, principalmente no contexto da transição energética para uma matriz limpa e descentralizada. Algumas razões incluem:

  • Redução das emissões de gases de efeito estufa: Como se baseiam em fontes de energia renovável, contribuem para a redução de emissões de gases, ajudando a mitigar as mudanças climáticas.
  • Resiliência energética: A distribuição de sistemas de geração de energia reduz a dependência de grandes centrais energéticas, tornando o sistema mais resiliente a interrupções causadas por desastres naturais e falhas técnicas.
  • Independência energética: Ao se tornarem produtores de energia, possuem também maior controle sobre os custos, e os gastos, onde promove uma participação ativa da comunidade para a transição da sustentabilidade.
  • Alívio da demanda na rede elétrica: Com a geração local, reduzem a necessidade de investimentos em transmissões e distribuição, aliviando a carga sobre a rede elétrica e reduzindo os custos para os consumidores finais.

Benefícios da geração distribuída:

Quando falamos em Geração Distribuída, estamos falando de um sistema que privilegia um melhor aproveitamento e a maior eficiência da eletricidade produzida, além de benefícios para o meio ambiente, aumentando a sustentabilidade, e um uso mais eficaz dos investimentos realizados para a instalação de sistemas compartilhados.  Motivando por um longo período a economia de um sistema de microgeração, onde é possível obter segurança e previsibilidade no consumo e na tarifa da geração de energia elétrica.

Os esforços da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em modificar a legislação tiveram como intuito agilizar e tornar mais econômica a geração e a transmissão de energia elétrica tanto da rede pública para os usuários, como no sentido contrário, viabilizando a Geração Distribuída.

Siga-nos nas redes sociais e fique por dentro:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *