O Brasil acaba de atingir a marca histórica de 200 MW de potência instalada acumulada em sistemas de microgeração e minigeração distribuída. A energia solar fotovoltaica representa 75,5% do total, ou 152 MW. Além da solar, há centrais hidrelétricas (15,1 MW), usinas térmicas (23,3 MW) e eólicas (10,2 MW) operando em GD. Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Brasil possui atualmente 18.501 sistemas na modalidade de geração distribuída.

O mercado de Geração Distribuída já comercializou mais de 126 MWp de potência em 2017 (até final de Julho), faturando mais de R$ 725 Milhões e que possivelmente superará R$ 1.5 Bilhão até o final de 2018.

Além da queda do preço dos sistemas fotovoltaicos, a eficiência no processo de integração (serviços de instalação, engenharia e conexão à rede), influenciou bastante para que o mercado acelerasse seu crescimento.

Quando falamos em Geração Centralizada, o início das operações das primeiras usinas fotovoltaicas contratadas através dos leilões de 2014 e 2015  iniciaram suas operações tem ajudado a acelerar o desenvolvimento do setor no Brasil.

A expectativa é que o faturamento do Mercado de Geração Centralizada para 2017 supere os R$ 4 Bilhões. Além disso, 2018 ser um ano recorde para o mercado fotovoltaico de geração centralizada.

O leilão de energia A-4 realizado pelo governo federal (1812/2017) fechou a contratação de 674,5 megawatts em novas usinas de geração, com predomínio dos empreendimentos solares, informou a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), responsável pela operacionalização da concorrência.

Houve um deságio de 54,65% em relação aos preços-teto estabelecidos para a concorrência, segundo a CCEE, o que representará uma economia de R$ 6,8 bilhões para os consumidores de eletricidade ao longo da duração dos contratos.

A queda nos valores é atribuída principalmente à forte concorrência entre os investidores para viabilizar seus projetos em um cenário de baixa demanda, diante da atual situação econômica do país.

“O preço a gente imaginou que fosse desabar, e realmente desabou para as eólicas e solares”, disse à Reuters a diretora da consultoria Thymos Energia, Thais Prandini.

Dessa forma, a quantidade de usinas contratadas foi baixa perto da média histórica nessas licitações.

As usinas que venceram a disputa terão até janeiro de 2021 para iniciar a operação, e, segundo a consultora, deverá haver uma demanda maior em um segundo leilão agendado para quarta-feira, o chamado “A-6”, que contratará empreendimentos para geração a partir de 2023.

“O governo priorizou a contratação de usinas solares. Sem dúvida no próximo leilão as eólicas vão ter maior espaço e o leilão vai ser maior. A contratação foi baixa, mas por causa da demanda das distribuidoras”, afirmou.

Mostrando-se mais competitivas diante dos preços estipulados pelo governo para fornecimento em quatro anos, as usinas solares fotovoltaicas responderam por 574 megawatts em potência (ou 790,6 megawatts-pico), quase 85% do total contratado.

Em seguida, vieram as usinas eólicas, com 64 megawatts, plantas à biomassa, com 25 megawatts, e pequenas hidrelétricas, com 11,5 megawatts.

“A geração de energia por meio de células fotovoltaicas ocorre quando há exposição de um material semicondutor dopado, geralmente silício, à radiação solar, ocasionando deslocamento de elétrons e, portanto, corrente elétrica”, descreve Nakabayashi. “Os sistemas fotovoltaicos conectados à rede são formados por conjuntos de painéis fotovoltaicos associados a inversores, os quais realizam a conversão de corrente contínua para corrente alternada”.

Atualmente, a matriz elétrica brasileira é hidráulica com complementação térmica, mas devido à crise instalada no setor, motivada pelo baixo nível dos reservatórios, as usinas térmicas estão plenamente acionadas. “Os sistemas fotovoltaicos utilizam a radiação solar como insumo, um recurso abundante no Brasil e não poluente”, ressalta o pesquisador. “Além disso, no âmbito da micro e minigeração fotovoltaica, há a vantagem de se gerar a energia elétrica nos centros de consumo, aliviando a carga nos sistemas de transporte de energia e, com isso, reduzindo as perdas no sistema elétrico”.

As usinas térmicas, previstas para operar em regime complementar, operam na base da geração e o custo da energia gerada por algumas delas pode ultrapassar R$ 1.000,00 por Megawatthora (MWh), enquanto o custo da energia fotovoltaica, na micro e minigeração, pode chegar a R$ 400,00 por MWh em algumas cidades. “Para usinas fotovoltaicas de grande porte o preço da energia é ainda mais barato”, diz Nakabayashi. “O preço médio de venda da energia fotovoltaica no Leilão de Energia de Reserva (LER) de 2014,  foi R$ 215,12/MWh, variando de R$ 200,82 a 220,80/MWh, uma média de deságio de 17,9% em relação ao preço-teto de R$ 262,00”. O LER é realizado pelo Ministério das Minas e Energia, por meio da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), para contratação de projetos alternativos de geração de energia visando o fornecimento para os consumidores brasileiros.

Produtor-consumidor

A Resolução Normativa da ANEEL 482/2012 possibilita que o fluxo de energia deixe de ser unidirecional (concessionária-consumidor) e passe a ser bidirecional. “O consumidor passa a ter a opção de gerar energia para consumo próprio ou para exportar para a rede elétrica e gerar créditos em energia para serem consumidos em um período de até 60 meses. Neste contexto surge a figura do “prosumidor”, isto é, o produtor-consumidor”, afirma o pesquisador. “Segundo a mesma resolução, a microgeração distribuída é feita a partir de centrais geradoras que utilizem fontes com base em energia hidráulica, solar, eólica, biomassa ou cogeração qualificada tenham a potência limitada pelo valor de 100 quilowatts (kW). A minigeração é definida pela potência superior a 100 kW e inferior a 1 Megawatt (MW)”.

No período de 1995 a 2013, as tarifas evoluíram, em média, a uma taxa acima de 9% ao ano, enquanto o IPCA evolui aproximadamente 6,5% ao ano. “Vale lembrar que o reajuste médio das tarifas residenciais de energia elétrica ficou acima de 20% em 2014 e, em 2015, os reajustes serão acima de 30%, caso a situação do setor não melhore. Portanto, é provável que em 2023 a penetração da microgeração seja ainda maior do que a apontada pela EPE”, destaca o pesquisador. “Na pesquisa, caso as tarifas tenham um reajuste anual médio pouco acima de 9% ao longo do horizonte de análise, a microgeração seria economicamente viável para as 27 capitais do Brasil, isso sem considerar os reajustes de 2015”.

O sistema solar fotovoltaico se torna economicamente viável, mesmo que o período de retorno ainda se apresente alto, pelo fato de que o custo da energia elétrica vem aumentando de preço gradativamente. É possível se obter uma economia acumulativa, tornando interessante a sua implementação, pois diante dos valores pagos a concessionária esse valor será recuperado ao longo de 25 anos (garantia do sistema fotovoltaico).

Quanto maior for o preço que o cliente paga pela energia que consome da concessionária, mais atrativo o investimento fotovoltaico se torna.

Faça o seu orçamento instantâneo e sem compromisso em www.sunergia.com.br

#ComSoltudoMelhora @Sunergia | energia solar

 

One thought on “Mercado Fotovoltaico 2018.: Geração Distribuída Energia Solar

  1. Pingback: BNDES Oferta Financiamento Para Pessoas Físicas e Facilita a Compra Do Gerador de Energia Solar - www.sunergia.com.br

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *