O projeto de um sistema fotovoltaico começa pela definição da quantidade de energia a ser produzida, passa pelo cálculo da produção desejada e chega até a instalação. Em paralelo à adequação técnica, temos a parte de documentação, que abrange a homologação junto à concessionária de energia.

Parte-se do consumo de energia em kWh da unidade consumidora – o sistema deve ser dimensionado para produzir no máximo 100% da energia média consumida, pois o consumidor não será remunerado pela produção de energia em excesso. O tamanho do sistema também fica restrito à área disponível para instalação dos painéis.

O processo de produção de um projeto de energia solar começa na captação fótons. As placas vão absorver toda a luz solar possível, para assim poder produzir o máximo de energia que abastecer o sistema, logo a energia produzida é direcionada ao inversor, equipamento que transformada de corrente contínua em corrente alternada utilizada na tomadas gerais do imóvel.

Entre os principais e mais importantes componentes para a efetiva produção de energia solar estão:

  • Placas de energia solar fotovoltaica (módulos);
  • Inversor;
  • DPS (Dispositivo de segurança).

Módulo Fotovoltaico

Por definição, um módulo fotovoltaico (nome correto do que é chamado popularmente de placa solar) é um conjunto de células fotovoltaicas associadas (geralmente em série) e encapsuladas com materiais que dão robustez mecânica, permitindo a entrada de luz, auxiliando no resfriamento e permitindo a associação de vários módulos e sua fixação em uma estrutura apropriada.

Um típico módulo fotovoltaico (placa solar) feito com células fotovoltaicas de silício cristalizado (c-Si) tem a estrutura física mostrada na imagem abaixo:

Estrutura física de um típico módulo fotovoltaico feito com células de silício cristalizado

O que vemos na imagem acima é um “sanduíche” das células fotovoltaicas entre uma lâmina de vidro, na parte de cima do módulo.

Uma lâmina de elastômero termoplástico (cuja sigla em inglês é TPE, de thermoplastic elastomer), na parte de baixo.

Entre o vidro, as células fotovoltaicas e o TPE, utiliza-se folhas de etileno acetato de vinila (também chamado de etil vinil acetato; em inglês: ethylene vinyl acetate; mais conhecido pela sigla EVA).

Todo o conjunto é prensado e aquecido em uma laminadora, que unifica permanentemente as lâminas, e o conjunto, quando perfeitamente laminado, fica extremamente difícil de se separar.

Ao final do processo é montada a moldura, feita de alumínio, e a caixa de conexão elétrica, que permite a interligação entre os módulos fotovoltaicos.

Inversor Solar

Tmabém conhecido com conversor é o equipamento eletrônico que converte a corrente elétrica contínua (CC) em alternada (sinal elétrico CA) no sistema fotovoltaico. É praticamente um adaptador de energia para o sistema fotovoltaico.

Alem de garantir a segurança de todo o sistema, realiza o monitoramento e é responsável pela otimização de energia produzida, pode possuir ou não um transformador em seu interior. Em outras palavras: quanto menor energia térmica produzida, menor será a perda de energia elétrica – logo, o aparelho se torna mais eficiente.

(DPS) – Dispositivos de proteção contra surtos

São os dispositivos de segurança que funciona como proteção para o caso de ocorrer algum sobre carregamento que possa interferir no funcionamento do inversor.

Posicionamento e Inclinação dos Painéis Fotovoltaico

Após o dimensionamento do projeto, iniciasse a instalação dos equipamentos, onde determinar o local da instalação dos painéis. A produção máxima se dará em função da disponibilidade de sol, da orientação e inclinação dos painéis. A melhor orientação é voltada para a linha do equador (direção Norte, para a maioria dos estados brasileiros). A inclinação dos painéis de maior produção é aquela onde a luz incide o mais perpendicular possível ao plano do painel e é função da latitude do local. A inclinação ótima pode variar se houver meses historicamente muito nublados. Por fim, recomenda-se inclinação mínima de 10 graus para evitar o acúmulo de água e facilitar a limpeza natural com a chuva.

 

O arranjo fotovoltaico é a combinação dos painéis em série ou paralelo, onde deverá ser compatível com o inversor utilizado. Para isso, as especificações técnicas dos painéis e inversores devem ser consultadas de modo a determinar o tamanho e a quantidade das séries de painéis, bem como a quantidade de inversores necessários.

Análise de sombreamento é um fator de atenção, pois a quantidade de luz recebida também pode ser prejudicada por objetos ou construções próximas ao sistema fotovoltaico. Pequenas sombras podem prejudicar muito a produção de energia. Além de prédios e árvores, as chaminés, antenas e objetos menores devem ser observados. Deve ser feita uma análise de sombreamento para todo o ano, pois o posicionamento do sol altera os ângulos de incidência e as sombras.

Dimensionamento do Sistema Solar Fotovoltaico

Os softwares já possuem cadastrados os principais modelos de painéis e inversores disponíveis no mercado além da base de dados meteorológicos que ajudam prever o volume de energia a ser gerada pelo sistema. A Sunergia utiliza o software PV*SOL que é um dos mais utilizados para simulação de sistemas fotovoltaicos. Ele é conhecido pela facilidade de uso.

Radiação solar e definição dos painéis fotovoltaicos, essa informação é obtida em um mapa solarimétrico, e, um dos mais usados no Brasil foi elaborado pelo INPE. A radiação geralmente é dada em kWh/m2/dia ou HSP/dia (Horas de Sol Pico por dia), que não quer dizer o número de horas de sol em um dia, mas sim o equivalente a uma hora padrão de 1.000W/m2. No Brasil, a radiação fica entre 4 kWh/m2/dia no Sul e 6,5 kWh/m2/dia no interior do Nordeste.

Inicia-se o dimensionamento seguindo os steps abaixo:

Step- #1 – Peque os valores das últimas 12 contas de energia do seu local. Os valores de seu consumo são expressos pela grandeza dimensional de kWh/mês.

Entendendo a unidade de medida:

Quilowatt-hora (kWh) equivale a 1.000 Wh ou 3,6×106 joules.

O watt-hora (Wh) é a medida de energia usualmente utilizada em eletrotécnica. Um Wh é a quantidade de energia utilizada para alimentar uma carga com potência de 1 watt pelo período de uma hora. 1 Wh é equivalente a 3.600 joules.

Uma lâmpada cuja potência é 100 W consome energia a uma taxa de 100 joules por segundo. Em uma hora consome 360.000 joules ou, equivalentemente, 100 Wh. Se ficar acesa durante 10 horas, consumirá 1000 Wh ou 1 kWh.

100 W * 10 h = 1000 Wh

A unidade watt por hora (W/h) dever ser usada para indicar “consumo por unidade de tempo”

Step- #2 – Após somar as últimas 12 medições de energia, deve se tirar a média destes valores.

Para locais onde não haja 12 medições realizadas, poderá ser utilizada as últimas medições (ao menos 3 medições), considerando possíveis variações de consumo sazonal ao longo do ano. Para locais que estão sendo projetados, esta informação pode ser obtida facilmente com o Engenheiro Eletricista de seu projeto.

Conforme exemplo acima, o consumo médio anual considerado é de 827 kWh/mês.

Step- #3 Informações básicas para dimensionamento.

Considerando um projeto na cidade de São Paulo, teremos um índice solarimétrico local de: 4,15 kWh/m²/dia

Consumo médio do cliente (referencia últimos 12 meses): 827 kWh/mês (k=1000, W= watts, h=hora e mês=30 dias)

Dias mês considerados: 30 dias

Eficiência do Projeto Fotovoltaico (inferência padrão): 83% (perdas na geração e transmissão de potencia).

Step- #4 – Cálculos

Transformar o dimensional (kWh/mês) para (Wh.mês), basta multiplicarmos por 1000 (k=1000)

827 kWh/mês = 8.000 Wh/mês

Calcular o consumo que está medido em um mês, para o consumo médio de um dia. Para isto basta dividir a grandeza “mês” por 30, e teremos o consumo em “dia”.

827.000 Wh/30 = 27.567 Wh/dia

Agora estamos terminando. Se em um dia teremos um consumo médio de 27.567 Wh/dia, quantas placas serão necessárias para gerar esta potencia, em um local com índice de 4,15 kWh/m²

Potência de placas necessária = 27.567/4,15 = 6.642 watts

Assumindo Eficiência de 83%: 6.642/0,83 = 8.000 watts

Supondo que você irá adquirir placas de 240 watts, teremos que adquirir quantas placas?

Quantidade de placas: 8000/240 = 34 placas de 240 watts.

Step- #5 – Recálculo: Será que funciona? Vamos refazer a conta após o sistema instalado:

Potência gerada diária = 8000*4,15 = 33.200 Wh/dia

Considerando a eficiência de 83% temos : 0,83*33.200 =27556 Wh/dia

Em um mês (30 dias) teremos: 27.556*30 = 826.680 Wh/mês ou 826,7 kWh/mês

Lembre-se: Todos os projetos e instalações devem compulsoriamente atender todas as normas vigentes. Para micro geração, as principais são NR10 e NBR 16274.

PROPOSTA TURN KEY – PROJETO E PROCEDIMENTOS

A Sunergia trabalha com a proposta Turn Key, um serviço completo de Energia Solar que inclui:

•    Estudo de demanda elétrica
•    Cálculos de potencia
•    Fluxo financeiro (investimento / recuperação)
•    Desenho técnico
•    Aquisição e logística de materiais
•    Acesso junto a distribuidora de energia
•    Instalação, Ativação e Orientação
•    Suporte Técnico

Na apresentação do projeto e orçamento, são informadas todas as características técnicas dos produtos utilizados, fabricantes e marcas, prazo de garantia e demais informações.

Para a contratação, é estabelecido um contrato de prestação de serviços com a Sunergia, responsável também, pelo faturamento e por emitir as notas fiscais separadamente. Já a nota fiscal de produtos, é expedida diretamente pelo fabricante (emissão direta).
A avaliação técnica e a elaboração do orçamento são feitas sem qualquer compromisso. Acesse www.sunergia.com.br e Saiba Mais!

 

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